4 de agosto de 2015

Atul Gawande How do we heal medicine legenda em Português





 A medicina costumava ser simples, inefetiva e relativamente segura. Agora é complexa, efetiva e potencialmente perigosa. 

3 de agosto de 2015

Erros na área da saúde: você teria coragem de contar um erro seu?

Como colocado por Chantler em 1999 , a medicina costumava ser simples, inefetiva e relativamente segura. Agora é complexa, efetiva e potencialmente perigosa. 

Desde muito pequenos aprendemos que errar é feio  e por isso devemos buscar sempre o acerto. Hoje existem vários estudos sobre as limitações humanas e quais são as situações e ambientes que podem aumentar a chance do ser humano errar. 
Sem identificar a  instituição ou as pessoas convido você a relatar uma situação em que você presenciou um erro que poderia ter sido evitado. 
Neste anos atuando na área da saúde com certeza cometi vários erros que não tive conhecimento em razão da ineficiência do serviço em detectá-los. Alguns erros porem tive oportunidade de presenciar tão logo o evento com o paciente ocorreu. Um deles foi na época que atuei como Trainee em uma Santa Casa do interior de Minas Gerais. Lembro-me até hoje que era uma paciente diabética e que mantinha uma acesso venoso para medicações endovenosas. E como de rotina aplicávamos 10ml de soro fisiológico 0,9% para "sorolizar" o dispositivo a fim de mantermos o acesso pérvio. E no momento da administração a paciente se queixou de ardência e dor e distraído (ou impondo o modelo hegemônico que havia aprendido e me adaptado) disse de forma incisiva: - calma que é assim mesmo, arde um pouquinho
Achei estranho, pois normalmente os pacientes não reclamavam de ardência ou dor quando recebiam o mesmo procedimento e o repetia várias vezes durante o plantão em vários pacientes. Então, na desconfiança fui verificar a ampola que havia aspirado e percebi imediatamente o erro. A solução que havia sido preparada e administrada era uma ampola de soro fisiológico de 10% (hipertônica).
Logo comuniquei ao supervisor responsável e ao médico da paciente que era portadora de Insuficiência Renal Crônica e acabara de passar por um transplante renal e que poderia ter complicações com uma solução hipertônica aplicada em bolos. Por sorte a paciente sofreu apenas uma flebite que foi acompanhada e tratada sem maiores complicações.
Na época pouco se falava em segurança do paciente, mas fazendo uma breve reflexão do evento hoje, o que poderia ter me induzido ao erro foi o fato de ter disponível todas as soluções hipertônicas no posto de enfermagem sem nenhuma diferenciação de rótulo ( eram todas idênticas apenas com o escrito diferente). Não me recordo de nenhuma ação relacionada ao erro salvo apenas uma advertência verbal.
Anos mais tarde, na posição de supervisão, vivenciei uma falha grave no pronto atendimento de um hospital do interior de São Paulo. Uma paciente de 80 anos consciente, orientada, deambulando, chegou ao P.A. com queixa principal de dor no peito e uso de ATB prescrito pela UBS já no 4º dia de tratamento de Pneumonia.
Na classificação de risco a médica do consultório solicitou apenas uma Radiografia de Torax e solicitou internação da paciente, que foi andando para o quarto acompanhada da filha. Após cerca de 6 horas, já no período noturno e ainda com queixa de dor o enfermeiro resolveu "passar" um ECG que julgou 'estranho' e suspeito. Ao ser avaliada novamente, com todas as enzimas cardíacas coletadas foi encaminhada para um CAT onde foi constatado infarto multiarterial com necessidade de angioplastia. Apesar da paciente ter ficado bem ela correu um risco enorme de perder a vida.
Os fatores que certamente levaram ao erro (que poderia ter sido evitado) foi o desconhecimento ou descumprimento do protocolo de dor toracica que havia na instituição. A falta de capacitações, ou mesmo a ausência de um programa de "integração" do médicos. A médica era nova e inexperiente e não considerou um item obrigatório para dor toracica e foi certamente induzida ao erro pela Pneumonia que já estava em tratamento. Nenhuma ação foi tomada na época. 



Desafios da Saúde no Brasil.


Depois de anos sem postar no blog. Agora retomo a atividade para "exercitar" a velha e boa reflexão na área da saúde e educação. 

Nada mais justo e bem vindo refletirmos sobre a reportagem do link abaixo que trata sobre o discurso do Ministro da Saúde Arthur Chioro na 68º Assembleia Mundial da Saúde ocorrida em maio de 2015 em Genebra, Suíça. Ele defende o acesso gratuito e universal a saúde e de forma integral, equitativa e de qualidade. Comenta ainda sobre a transição epidemiológica do nosso país e convida os presentes a participarem da II Conferência Internacional sobre Segurança no Trânsito que ocorrerá em Brasília no mês de novembro.

Pouco se falou na reportagem sobre a transição epidemiológica e demográfica que nosso país está passando, mas atrelado ao tema “Saúde Atual”, é interessante perceber como o discurso do nosso Ministro da Saúde, Arthur Chioro está fortemente atrelado ao que vivemos hoje, quando nos remete a refletir sobre a transição epidemiológica com a tripla carga de doenças por que passa os países em desenvolvimento como o Brasil.

Tripla carga pois envolve ao mesmo tempo a preocupação com as doenças infecciosas, desnutrição, obesidade e saúde reprodutiva, bem como a respeito das Doenças Crônicas não Transmissíveis - DCNT e as chamadas causas externas envolvendo o abuso de álcool e drogas, a violência e acidentes de trânsito.

É exatamente o conteúdo do discurso de nosso ministro, que conduz a frentes de trabalho prioritárias na saúde pública de nosso país. Este cenário demonstra o grande desafio que temos em responder a toda complexidade dos Serviços e Sistemas de Saúde, entendendo que jamais conseguiremos melhorar nossos Serviços apenas com o pensamento linear e soluções lineares. Como por exemplo simplesmente trazer “mais médicos” para atender a população sem que haja uma reestruturação adequada dos serviços, financiamento justo e processos bem definidos.

Claro que é bem positivo se pensarmos que o planejamento das ações do Ministério da Saúde está contemplando todas estas situações e transições pelas quais nosso país está experimentando, mas infelizmente muito trabalho deverá ser realizado para que se alcance resultados favoráveis e responda ao que o ministro espera em seu discurso: um sistema gratuito, universal, integral, equitativo e de qualidade.

Vale a pena conferir a reportagem e o vídeo do discurso: 



2 de julho de 2013

POLÍTICA E EDUCAÇÃO: UMA QUESTÃO DE PRIORIDADES ou UMA QUESTÃO DE PODER?



“Desde que o homem é homem ele vive em sociedade e se desenvolve pela mediação da educação.”(SAVIANI, 1997, p.1) 




Em primeira análise, as manifestações iniciadas no Brasil no final de junho de 2013, parecem ser uma miscelânia de protestos. Ora clamam por melhores condições de transporte público, ora por mais segurança, ora pela qualidade na educação ora por mais acesso a saúde e menos corrupção. Movimento que já causou reação do governo, mas na prática se não houver um movimento organizado politicamente certamente não causará mudanças significativas.

O MPL- Movimento Passe Livre, que deu inicio às manifestações deu um exemplo de mobilizção social com uma nova ferramenta: a rede social. O seu foco é uma vida sem catracas, mas o fato é que há várias "catracas" na saúde, na segurança e na educação que faz com que a vida cotidiana seja mais dura e difícil.
Sequencialmente, gostaria de tratar da área da Educação. Pois enquanto sociedade democrática esta tem um papel fundamental na promoção de mudanças criativas que passam pelo processo de aprendizagem.
Quando a cidade e a indústria predominaram sobre o campo e a agricultura, a exigência de uma educação escolar se generaliza, pois a expressão escrita é incorporada à vida da cidade de tal forma, que só se pode participar plenamente dela se dominamos essa forma de linguagem.
A forma principal e dominante de educação passa a ser a escolarizada. Embora a educação difusa e assistemática não deixem de existir, perdem importância diante da forma escolarizada, considerada mais desenvolvida. Neste sentido, passa a ser de interesse público, levando o Estado a se responsabilizar pela abertura e manutenção de escolas.


As origens da instrução pública remontam os séculos XVI e XVII, relacionada neste momento com a questão religiosa: Reforma Protestante. No século XVIII aparece como educação pública estatal culminando com a Revolução Francesa, quando se difunde a bandeira da escola pública universal, gratuita, obrigatória e leiga como responsabilidade do Estado. O século XIX será o da educação pública nacional e o XX da educação pública democrática.
O Brasil entra para a História em período que se caracteriza pelo surgimento e desenvolvimento da educação pública. Nossa primeira política educacional pode ser considerada a dos Regimentos, de D.João III, rei de Portugal que direcionou o plano de ensino dos jesuítas para os filhos dos indígenas e para os filhos dos colonos portugueses. Mas predominou a Ratio Studiorum, modelo dos jesuítas que privilegiou a formação das elites porque se centrava nas humanidades ensinadas em colégios e seminários que foram sendo criados nos povoados principais.
A educação dos jesuítas pode ser considerada como versão da educação pública religiosa e permaneceu até 1759 quando foram expulsos por Pombal.
Depois vieram as Reformas pombalinas de instrução pública. Com a Independência política em 1822, a oportunidade, como Estado Nacional, de configurar institucionalmente o novo país. No entanto, atravessamos o século XIX sem que a educação pública fosse incrementada.
Com a República, vencem as idéias laicas e o Estado decreta a separação entre Igreja e Estado e a abolição do ensino religioso nas escolas. Mas a educação popular ainda não se torna um problema do Estado Nacional.
SAVIANI (1997, p. 6) afirma que só após a Revolução de 1930 o Brasil começa a enfrentar os problemas próprios de uma sociedade burguesa moderna e dentre eles o da instrução pública popular. Após a vitória da Revolução, é criado o Ministério da Educação e Saúde, quando se percebe que a educação começa a ser reconhecida como uma questão nacional.
A Constituição de 1946 abre a possibilidade da organização e instalação de um sistema nacional de educação através da universalização da escola básica (define a educação como direito de todos e o ensino primário como obrigatório para todos e gratuito nas escolas públicas; determina que a União deve fixar as diretrizes e bases da educação nacional). Em 1947, inicia-se a construção da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional que leva 13 anos para ser aprovada como LDB 4024/61, mas que não corresponde à expectativa de universalização da educação, pois em seu texto já previa motivos para a isenção da obrigatoriedade escolar, como o estado de pobreza do pai ou responsável e a insuficiência de escolas.
A política educacional expressa na LDB 5692/71 não reverte a limitação da democratização do acesso ao ensino fundamental e na tentativa de reverter a tendência de um segundo grau profissionalizante só para os menos favorecidos, torna a profissionalização do segundo grau universal e compulsória. Mas ao introduzir a terminalidade ideal ou legal que correspondia à escolaridade completa de primeiro e segundo graus com a duração de onze anos, distinta da terminalidade real, que correspondia à antecipação da formação profissional para garantir algum preparo profissional para os que não conseguissem completar o primeiro grau, acabou por perpetuar o dualismo anterior do ensino médio (ensino secundário para os nossos filhos e ensino profissional para os filhos dos outros), trocando o slogan para terminalidade legal para os nossos filhos e terminalidade real para os filhos dos outros.
Desta forma, o Estado brasileiro, ainda, não se mostra capaz de democratizar o ensino, distanciando-se da proposta de uma educação pública nacional e democrática, prevista pelas sociedades modernas.

No final dos anos 80 e início dos 90, o Estado não se mostra competente para enfrentar os problemas do sistema escolar, mas ainda faz uso da educação como recurso em seus discursos políticos.
Entre as tendências dos anos 90, encontramos o discurso da descentralização para responder à crise de legitimidade do Estado e à dificuldade de gerir grandes grupos. Com isso uma revalorização da gestão que destaca a escola como organização que inclui a organização dos trabalhadores educativos que devem construir sua identidade e capacitação neste local, levam o professor a assumir a escola para além da sala de aula.
No ano de 1996, o setor educacional é contemplado com a deliberação da Lei de Diretrizes e Bases n. 9394/96 que depois de longa trajetória pelos meios acadêmicos e políticos, disputada por muitos grupos, recortada e adequada aos mais diversos interesses, é promulgada em 20 de dezembro de 1996.
Segundo DEMO (1997, p.67), a nova lei não inova, introduz alguns componentes interessantes, alguns atualizados, mas continua com a predominância de uma visão tradicional. Reflete a falta de percepção do quanto as oportunidades de desenvolvimento dependem da qualidade educativa da população.
Enquanto por parte da elite interessa a ignorância da população para manter seu status quo, para a outra parte este atraso não lhe dá mais lucro, pois a competitividade da economia moderna está intimamente ligada à questão educativa, principalmente no que se refere ao trabalhador. Um trabalhador que não sabe pensar já não é útil para a produtividade moderna.
O mercado competitivo precisa de energia inovadora do conhecimento, desta forma faz com que se valorize a educação, desde que ela esteja voltada para o conhecimento (inovação) que a lógica capitalista do mercado reconhece como necessária.
As novas formas de comunicação como, por exemplo, a Internet revelam novas formas de circulação de informações. Elas estabelecem uma nova fronteira entre a educação formal e a não-formal, exigem novas metodologias de ensino e de aprendizagem, pois os alunos, através das novas tecnologias, podem realcionar-se diretamente com o conhecimento através da máquina, sem interagir com o professor. Fato este que provoca mudanças no papel do sistema educativo como agente da formação profissional.
Segundo FREIRE:

o“ser humano jamais pára de educar-se. Numa certa prática educativa não necessariamente a de escolarização, decerto bastante recente na história, como a entendemos. Daí que se possa observar facilmente quão violenta é a política da Cidade, como Estado, que interdita ou limita ou minimiza o direito das gentes, restringindo-lhes a cidadania ao negar educação para todos. Daí também, o equívoco em que tombam grupos populares, sobretudo no Terceiro Mundo quando, no uso de seu direito, mas indo além dele, criando suas escolas, possibilitam às vezes que o Estado deixe de cumprir seu dever de oferecer educação de qualidade e em quantidade ao povo. Quer dizer, em face da omissão criminosa do Estado, as comunidades populares criam suas escolas, instalam-nas com um mínimo de material necessário, contratam suas professoras quase sempre pouco cientificamente formadas e conseguem que o Estado lhes repasse algumas verbas. A situação se torna cômoda para o Estado. Criando ou não suas escolas comunitárias, os Movimentos Populares teriam de continuar, de melhorar, de enfatizar sua luta política para pressionar o Estado no sentido de cumprir o seu dever” FREIRE (1993, p.21).

Desta forma, podemos concluir, assim como o autor citado no parágrafo anterior, que não há educação sem política educativa que estabelece prioridades, metas, conteúdos, meios e se infunde de sonhos e utopias. Conseqüentemente, a diretividade da prática educativa que a faz ir além de si mesma e perseguir um certo fim, um sonho, uma utopia, não permite que seja neutra. Assim, se queremos escolas e hospitais padrão-fifa, precisamos exigir isso através da maior arma democrática - do voto e do acompanhamento da administração pública através de espaços coletivos e legítimos..

Assim se não tivermos ações práticas que objetivem as mudanças que queremos, mais uma vez deixaremos nas mãos dos governantes a realização das mudanças à maneira desses e não nossa.


Fonte:  Faces positivas da LDB e ranços da LDB, de Pedro Demo

27 de outubro de 2012

Médicos erram. Podemos falar sobre isso?

Médicos erram. Enfermeiros também. Mas como dita um jargão na saúde, "médicos não erram, apenas cometem engano". O grande problema é que este engano também pode custar a vida de pessoas. A minha ou até a sua, vitimas do descaso e da falta de planejamento.

Desde 2010, temos visto com mais frequência notícias envolvendo Erros terríveis, que ceifam a vida de pessoas, vítimas de um sistema de saúde precário. Mas quem suporta a culpa é sempre a ponta do processo de de cuidado: médicos e enfermeiros. Sendo que o grande responsável é o serviço de saúde mal planejado.

Por outro lado, é impressionante como na narrativa dos fatos o tratamento dos erros médicos é tão diferenciado. Médicos erram?  Sim, e muito! Mas isto não é falado e nem noticiado. É fácil evidenciarmos isso verificando o aumento de processos nos Conselhos Reginais de Medicina.

Quando a enfermagem está envolvida nos danos causados aos pacientes, as instituições tratam de demitir, dispensar, punir o "malfeitor" como se APENAS ele ou ela tivesse exclusiva responsabilidade pelo fato. E a imprena por outro lado, trata de "recortar" as falas do entrevistado, editando aquilo que lhes interessa - frases que realmente o comprometem enquanto profissional. O fantástico fez isso por várias vezes...
A mais recente foi a estagiária que injetou alimento na via da paciente. Assista a enfrevista da estagiária


Até o momento, não vi a imprensa ir atras de uma entrevista exclusiva de um médico que errou, com a mesma dedicação que fazem quando buscam um profissional da enfermagem. E do administrador do hospital também não.

Por que será que isso ocorre? Será que para a sociedade os médicos não erram? Será que estão tão seguros disso, com dados de quase 100.000 mortes anuais por erros médicos, só nos Estados Unidos?

Ficar na discussão de quem erra mais, se é a enfermagem ou a medicina, não vai contribuir para que os pacientes deixem de ser prejudicados. O fato é que medicos, enfermeiros, farmaceuticos, fisioterapeutas, etc... TODOS erram! É preciso deixarmos as amarras de lado e somarmos forças para evitar o erro!

Esta palestra do Dr. Brian Golman é excelente e ele mostra que todos os médicos erram. No entanto, segundo ele, a cultura de negação (e vergonha) em medicina faz com que os médicos nunca falem sobre esses erros nem os usem para aprender ou melhorar. Contando casos da sua longa prática clínica, ele apela a que os médicos comecem a falar sobre isso.

 ASSISTAM:



Fonte do video:
http://www.ted.com/talks/lang/pt-br/brian_goldman_doctors_make_mistakes_can_we_talk_about_that.html

9 de dezembro de 2011

A Era da Segurança do Paciente

Aqui vai uma dica para quem é da área da saúde e principalmente aos enfermeiros. Desde do ano de 2002 a Organização Mundial da Saúde (http://www.who.int/patientsafety/es/) instituiu a era da Segurança como uma diretriz para quem atua na área da saúde, haja vista o número de pessoas que ainda hoje morrem por erros relacionados à prática dos profissionais e instituições. Em 2004 a OMS criou um programa mundial chamado "Aliança Mundial para a Segurança do Paciente" e desde então, discute-se no mundo todo medidas para se evitar mortes e/ou prejuízos que ocorrem na área da saúde!

Uma das iniciativas que surgiu no Brasil foi as Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente -REBRAENSP, com o objetivo de discutir medidas que previnam estas mazelas.

 
Se você se interessou pelo assunto e quer saber mais por que não começar se especilizando realizando um curso a distância, certificado pela Universidade de Miami - EUA, sobre Segurança do Paciente. E o melhor: de graça! Basta clicar no link acima. O curso ainda não saiu na lingua portuguesa, há apenas duas opções - curso em inglês ou espanhol - La Seguridad de los pacientes. E bons estudos!

 

6 de agosto de 2011

Treinamento versus Capacitação


Muitos de nós quando fazemos uso da educação continuada não consegue deixar claro aos aprendizes a diferença de Treinamento e Capacitação. A diferênça é prática e conceitual. Enquanto o primeito diz respeito ao aperfeiçoamento de uma técnica já sabida a segunda trata de ensinar algo novo.
Como exemplo poderíamos citar um treinamento de punção venosa. Ora, enquanto profissional, já sei fazer isso! O que muitos pensam é: -o que posso não saber sobre esse procedimento? Afinal, faço isso todos os dias! Façamos uma comparação ao treinamento de um jogador de futebol: apesar de bater faltas todos os dias, treina arduamente o fundamento de "bater falta" para que alcançe a excelência e conquiste a eficiência técnica. Apesar disso, ele sabe bater falta!!!! Por que na área da saúde não temos esta rotina de treinamentos de fundamentos? Ou quando temos, não temos a aderência de todos os profissionais?

Diferente de treinar uma equipe em punção venosa, quando Capacitamos a equipe para um novo conceito ou nova técnica, a intenção é transmitir algo desconhecido ou um novo jeito de fazer.
Na prática, a participação de profissionais em Treinamentos ou em Capacitações é ínfima e difícil de ser incentivada. Por várias razões: Indisponibilidade de horário, desinteresse no tema abordado, quadro de funcionários insuficiente (que impede a sua liberação). O que fazer?
Talvez mudar o jeito de realizar o treinamento. Mudar a didática escolhida, da metodologia, dos recursos, etc. Lançar mão desde a Educação a Distância até a ferramenta "on the job".
Em uma unidade que tenha 80 funcionários da enfermagem nas 24h, por exemplo, para que possamos conseguir a aderência de pelo menos 70% deles, treinamentos no local de trabalho ou "on the job" resolvem o problema (de adesão), mas pode diminuir a eficiência do treinamento, já que as interrupções durante o treinamento no local de trabalho são inevitáveis.
Um desafio diário de todas as instituições de saúde. Treinar e capacitar seus funcionários para excelência.